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Cia Daraus de Teatro
Carla D'Aqui

O aprofundamento da arte teatral

Carla DAqui é mais uma atriz que ingressou na Cia Daraus de Teatro (CDT) por intermédio da Cultura Inglesa. Ao ver os cartazes pela filial Higienópolis, no começo de 2003, resolveu participar.

Carla passou por duas fases do processo: a primeira, de experimentação e conscientização do trabalho do ator, no primeiro semestre de 2003, e a segunda, em 2004, com a montagem de The Tutor.

Conheça o que pensa e quais as razões que a levam participar da temporada de The Tutor, com estréia marcada , dia 21 de maio.

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CDT: O que te atrai no trabalho da CIA?

Carla: O método livre e democrático em relação à criatividade para a montagem do espetáculo, desde a personagem ao figurino onde todos podem expressar suas opiniões, num real trabalho em grupo.

CDT: Qual sua impressão de The Tutor ao ler o texto?

Carla: Pareceu-me um texto complexo, o que me fez ter dúvidas do seu poder de comédia, pois não se trata de comédias como as que eu conhecia, comum.

CDT: Como foi, para você, o processo de montagem?

Carla: O estudo profundo realizado sobre a história, as ideologias filosóficas, políticas e morais do texto facilitou a construção das personagens e dos figurinos, onde a participação de todos os atores foi integral. Analisar o objetivo, a vontade e a contra-vontade dos personagens foi essencial para uma boa criação e desenvolvimento dos personagens.

CDT: O que acha do texto e da peça?

Carla: O texto é uma forma inteligente de criticar e colocar em discussão o modo de como somos condicionados socialmente sem que percebamos.

CDT: Qual (s) seu (s) personagem (s)? Qual a importância deles para o espetáculo?

Carla: Minha personagem é a Güstchen. Por meio da sua maior e única arma, a sensualidade, ela conduz e domina as situações para seus próprios interesses, rompendo com todas as regras impostas pela sociedade da época.

CDT: Como se sente nesse período próximo da estréia?

Carla: Ansiosa, sem dúvida, principalmente pela resposta do público e insegura , pelo fato de ser minha estréia para uma bilheteria aberta. Mas acredito que essa minha insegurança, ao longo das apresentações, acabará. Ao mesmo tempo me sinto tranqüila, pois o trabalho que executamos até agora foi uma boa base para que tudo saia como planejamos.

CDT: O que espera da temporada?

Carla: Espero que o público compreenda o nosso objetivo e qual a reflexão que estamos propondo.

 

CDT: Qual sua relação com o teatro antes dessa montagem e qual agora?

Carla: O conceito de teatro antes dessa montagem consistia em, simplesmente, decorar texto e atuar conforme as coordenadas do diretor. Esse conceito mudou totalmente agora. Percebi que o teatro é mais que decorar um texto, é uma aprendizagem, é um estudo profundo do texto e o que está ligado a ele: a sua filosofia, a política, cultura. Isso tudo para uma boa construção dos personagens (e também atores) e, conseqüentemente, um bom trabalho.